Foi com agrado que li ontem a notícia do jornal público sobre a promoção de Armando Vara na CGD. Esta promoção mais não é que um sinal que a recente crise dos mercados financeiros está ultrapassada e que o funcionamento do sistema bancário, nomeadamente no que ao sector público se refere, está a voltar à normalidade.
A promoção, apesar de vir tarde, pois Armando Vara já deixou a CGD à mais de um mês e meio rumo a um concorrente privado, o BCP, onde assumiu a vice-presidência, é justa e premeia o antigo empregado de balcão que começou em Mogadouro e usava como slogan, para motivar os colaboradores, “Na Caixa, nada é impossível”.
Só um visionário como Vara criaria um slogan como este. Daí a justiça desta promoção. Aliás, Vara, antigo ministro de Guterres e amigo pessoal de Sócrates, deveria ir mais longe e patentear esta nova politica económica de combate ao desemprego, incentivo ao consumo e animação económica. Alguma coisa como: “Não importa onde estás, donde vieste, tão pouco o que fizeste ou para onde vais. É obrigação da tua ex-entidade patronal, se for o Estado melhor, continuar a pagar-te e a manter as tuas regalias, se possível aumentando-as”.
Agora o que me preocupa nesta notícia é que também eu passei pela CGD, na altura como estagiário. Foram só 2 meses e já lá vão quase 15 anos. Mas quem sabe se um destes dias não sou surpreendido por uma reforma milionária que me desgraça a vida. É que estas promoções são, segundo a actual administração da Caixa, prática comum no grupo.
Razão tinha o Vara, na Caixa nada é impossível.