Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
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Out 09
jls, às 21:31link do post | comentar

Jose Mourinho, perdão Jose Sócrates acaba de constituir o novo governo. Esta é a nova equipa que vai aspirar à Champions, o campeonato dos grandes da Europa.

 
As substituições ao intervalo do mandato mostram uma equipa mais ofensiva e disposta a uma governação mais apoiada e mecanizada. Do clássico 4-4-2 José passou para um 4-1-3-1-1, procurando assim um trabalho mais apoiado por sectores e a agilização de alguns automatismos.
 
Os lances de bola parada, perdão o novo programa de governo mostra uma predisposição para ocupar o ultimo terço do terreno e congestionar o jogo, perdão a governação não só pelas laterais mas também pelo centro, onde o ponta de lance e capitão ministro Teixeira dos Santos ficou bastante desamparado depois de Manuel Pinho ter sido expulso por injurias a um adversário.
 
Também a aposta na trinco Maria de Lurdes Rodrigues, decididamente o elo mais fraco da equipa, foi uma aposta perdida dada a má forma física que sempre evidenciou e que nunca lhe permitiu as transições defesa-ataque necessárias à forma ofensiva como o Mister gosta de jogar, perdão governar.
 
A área da educação, tecnicamente considerado o meio campo defensivo não pressionou suficientemente os adversários de forma a permitir a necessária recuperação e descanso da equipa quando não estava na posse da bola, ou melhor da razão. A falta desta pressão alta durante praticamente toda a primeira parte, perdão o primeiro mandato não permitiu um jogo posicional perfeito nem tão pouco que os jogadores, perdão os ministros ocupassem da forma mais racional o espaço de jogo, no caso as áreas da governação.
 
A falta de profundidade no jogo aéreo, a falta de criatividade e o excesso de confiança, minimizando a importância dos oponentes justificam que a equipa tenha acabado esta primeira parte a levar uma cabazada.
 
Para esta pesada derrota ao intervalo muito contribui o azarado pastor de frangos, perdão ministro da agricultura Jaime Silva que foi à baliza. Refira-se ainda que cinco dos golos foram marcados na própria baliza pelo defesa-central Mario Lino, agora remetido para o banco. (BES ou MILLENNIUM ainda não se sabe).
 
É na baliza que começam as mudanças. António Serrano transfere-se do Lusitano de Évora e vem agora vestir a camisola rosa. Vai defender “os fundos” e espera não ir ao fundo.
 
Já a substituição do trinco Lurdes Rodrigues por Isabel Alçada, sugerida pelo adjunto do Mister, Pereira da Silva, vai criar uma maior profundidade nas alas e servir acima de tudo para agradar a grande parte da aficcion que ultimamente andava mais descontente que os adeptos do Sporting. Com esta sugestão o Mister premiou o adjunto dando-lhe também o papel de treinador dos guarda-redes e roupeiro. 
 
A meio-campo o velho numero 10 Vieira da Silva, que nos últimos tempos despertou o interesse e cobiça dos grandes da Europa, continuará como playmaker da equipa subindo um pouco mais no terreno assumindo agora a “economia” do jogo e do tempo. A sua cláusula de rescisão subiu de 100 mil Manuel Pinhos para 20 mil Proenças de Carvalho.
 
Por fim uma palavra de apreço para o carregador de pianos Jorge Coelho, que apesar de não se fazer notar dentro de campo continua a ser o homem do jogo ocupando a posição de falso médio, perdão falso Ministro das obras públicas. Carinhosamente alguns dos seus colegas tratam-no por Antonio Mendonça.
 
Resumindo, o jogo promete. Vai ser mais pontapé para frente, entradas à margem da lei, sarrafada e talvez daqui a dois anos quem sabe uma chicotada psicológica.

12
Out 09
jls, às 11:41link do post | comentar

A reunião estava marcada para as 11 H, Sócrates chegou depois de almoço. Gosta de ser pontual. Neste caso sabia que o relógio da entrada onde o Presidente o esperava marcaria 10.30 H, assim estava há 15 anos. Parado.

 
Parados já estavam também os 3 autocarros nos jardins do palácio, que transportaram os primos de Sócrates. Dos cinco novos ministros, 3 vieram de táxi um veio a pé e outro simplesmente apareceu de repente. A comitiva começava a reunir-se para depois do encontro ouvir o líder.
 
O Presidente que dados os acontecimentos dramáticos das últimas semanas se sentia como um soldado raso numa batalha perdida tinha sido desarmado pelos seus para não dar mais tiros nos pés. Proibiram-lhe as palavras “escutas”, “segurança” e “assessores” na mesma frase, separadas ou até mesmo no scrabble.
 
Felicitou o líder e lançou-lhe o desafio. Que fizesse o melhor governo de sempre, o Real-Madrid da governação ou se para isso não tivesse tomates pelo menos que fizesse um bolo de chocolate para a próxima reunião. O Líder não percebendo a metáfora dela tomou nota e ajeitando o seu fato Armani deixou a sala num misto de alegria, tristeza e melancolia. Mais tarde percebeu que era de gripe que padecia.
 
Na sala de entrada onde se reunia a comitiva o Líder dirigiu-se aos seus. Olhou para o relógio que já marcava 10.30 H, abriu os braços e disse. Estamos atrasados. Vamos a isto, vamos governar.

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