A colocação nos mercados internacionais de divida da Republica a uns históricos 5,7% foi o sinal de alerta para Madaíl agir. Sobre o pretexto de ir a Madrid contratar Mourinho, o presidente da FPF foi a Espanha sentir o pulso aos mercados.
Mais que os resultados da selecção é a iminente ameaça de colapso do País que faz Madaíl temer que o seu cargo possa estar em risco. Não havendo País não faz sentido haver selecção. Na presidência da FPF desde o ano em que a bola foi introduzida no futebol, discípulo de Nash e Laurentino e das suas teorias do jogos, quis dar assim o seu contributo ao país mesmo não sabendo o que era a divida publica e muito menos em que hotel estavam hospedados os tais de mercados.
Mas como a sorte protege os audazes, razão pela qual sempre teve azar ao ponto de ter um vice do Carvalho que já estava no cargo quando a FPF foi criada, cruzou-se com Paco Fuertes, um economista reformado, que lhe disse enquanto perguntava as horas que discrição e tranquilidade é o melhor alimento dos mercados. Regressa a casa com a visão do losango na retina e ainda a tempo de planear uma não qualificação tranquila, tirando assim o País do mediatismo dum Europeu de futebol.
Paulo Bento é o sucessor do professor que Madaíl brindará com um cheque de duas horas de divida pública. As vitórias morais regressarão para ver o País apagar-se e a discrição e tranquilidade instalarem-se. O único nó a desatar é o eventual excesso de mediatismo que a industria dos cabeleireiros possa sofrer com o lendário e cientifico penteado de Paulo Bento.