Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
05
Abr 11
jls, às 12:39link do post | comentar

 

Agora que estamos reduzidos a lixo, pecando por defeito a notação aos políticos, continua a haver nas empresas públicas, nomeadamente nos transportes, a negação sindicalista da realidade.

 

É certo que o chefe máximo da orquestra, o Engenheiro, continua a vender a mentira aos seus boys e contra a evidente realidade lá vai criando um país de maravilhas e utopias que só existe na sua alucinada cabeça.

 

O comum dos mortais olha para isto com pena e desdém e só deseja que esta gente se mantenha longe, muito longe. Mas o pior é quando a classe profissional dos sindicalistas, que infelizmente nunca conheceu o desemprego, decide alinhar na alucinação do chefe e ainda pensa que tal como no século passado a luta se faz pela greve, a maneira mais fácil e retrógrada, em vez de remar contra a corrente para defender o emprego dos seus. É sempre mais fácil aproveitar corrente, sem dúvida, mas ao menos que expliquem onde a luta os levará. À desgraça.

 

Desde Fevereiro que só no Metro já foram cinco e mais estão prometidas. Acreditam esses iluminados que os utentes compreendem a sua luta, mas não, não compreendem. Oxalá que os que hoje protestam contra a austeridade não tenham de protestar amanhã pelo facto de já nem vencimentos terem. Depois, que se juntem à orquestra e comecem a tocar pois certamente morrerão mais felizes.

 

 

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15
Mar 11

 

 

Infelizmente já começam a faltar as pedras, dizia Abel Dias à Lusa esta manhã enquanto apedrejava mais uma família que seguia num carro ligeiro. Questionado sobre a violência dos seus actos justificou-se com a certeza que o ligeiro transportava na mala 3 paletes com mercadorias e que o miúdo que seguia no banco traseiro podia muito bem levar uma cisterna disfarçada nas calças para abastecer um posto de combustível.

 

É uma vergonha este país, pá! Gritava e esbracejava Abel para as câmaras de televisão, enquanto no meio da estrada derrubava mais um motociclista. A GNR em vez de fazer colunas de protecção aos nossos camiões, que levam os calhaus aos nossos camaradas grevistas que lutam por um país melhor nos viadutos das auto-estradas e nas rotundas, protege os camiões que ao serviço do grande capital abastecem as grandes superfícies na metrópole.

 

É uma injustiça para nós, continuava a gritar Abel Dias agora na posição sócio da Carglass de Guardeiras, que lutamos na rua por um combustível mais barato e pelo direito a esmifrar um pouco mais os nossos clientes e assim duplicar as nossas margens. Somos nós que levamos este país às costas... Veja o caso dos postos de trabalho que estamos a criar por estes dias para os técnicos de apedrejamento Palestinianos. Dessas virtudes ninguém fala.


15
Dez 09

A Comissão de trabalhadores do Pingo Doce chegou hoje a acordo com a administração da empresa relativamente à polémica questão do anúncio. A Administração, após longas negociações, aceitou reduzir para 580 vezes/dia o número de vezes que a musica passará nas lojas.
 
Após uma semana inteira a passar das 8 H às 22 H, e depois da denúncia que havia lojas que já só eram frequentadas por surdos e pessoas idosas com problemas auditivos a Administração recuou nas suas intenções de passar a musica 24 horas por dia mas não na intenção de oferecer um CD, um DVD e uma K7 a cada um dos funcionários com a referida musica.
 
A lembrar o caso da France Telecom onde uma reestruturação da empresa levou a que inúmeros trabalhadores se suicidassem no Pingo Doce também já houve inúmeros incidentes, felizmente nenhum com consequências de maior.
 
Há no entanto vários relatos que preocupam o sindicato. No Pingo Doce de Ranholas um caixa com 20 anos de casa tentou saltar de cima de uma bancada com mais de 35 cms para o corredor e não fosse a pronta intervenção da Simara, que ali dava um concerto, tinha levado a sua avante. Em Linhares da Baixa, numa situação mais grave, um repositor refugiou-se dentro de um linear de frio e não fosse a intervenção de 2 camarões tigres teria sido vendido congelado a 3,90 €/Kg.
 
Também em Massamá, no talho, houve um grave incidente. Consta que dois frangos do campo no expositor faziam coro com a propaganda que passava nos altifalantes da loja, e o empregado em desesperado de causa e após os ter mandado calar várias vezes sem sucesso terá baixado o preço em 5 cêntimos o Kg.
 
O departamento de parapsicologia da empresa segue com atenção estes casos e promete uma tomada de posição quando Júpiter estiver na casa de Saturno ou a Maya na casa da Dona Joana.
 
Tentamos saber a opinião da Administração e apenas nos foi comunicado que também aí a estratégia do anúncio não recolhe a unanimidade. Há inclusivamente boatos, alguns dos quais estão a ser trabalhados pela LPM para se tornarem verdadeiros, que estará iminente a separação entre Jerónimo e Martins.
 
Nas outras grandes superfícies e também na mercearia do Sr. Silva em Alcabideche há uma onda de solidariedade para com os trabalhadores do Pingo Doce e foi já decidida uma greve nacional para a véspera de natal e para aborrecer os clientes os trabalhadores prometem trabalhar no dia de Natal.

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