Agora que estamos reduzidos a lixo, pecando por defeito a notação aos políticos, continua a haver nas empresas públicas, nomeadamente nos transportes, a negação sindicalista da realidade.
É certo que o chefe máximo da orquestra, o Engenheiro, continua a vender a mentira aos seus boys e contra a evidente realidade lá vai criando um país de maravilhas e utopias que só existe na sua alucinada cabeça.
O comum dos mortais olha para isto com pena e desdém e só deseja que esta gente se mantenha longe, muito longe. Mas o pior é quando a classe profissional dos sindicalistas, que infelizmente nunca conheceu o desemprego, decide alinhar na alucinação do chefe e ainda pensa que tal como no século passado a luta se faz pela greve, a maneira mais fácil e retrógrada, em vez de remar contra a corrente para defender o emprego dos seus. É sempre mais fácil aproveitar corrente, sem dúvida, mas ao menos que expliquem onde a luta os levará. À desgraça.
Desde Fevereiro que só no Metro já foram cinco e mais estão prometidas. Acreditam esses iluminados que os utentes compreendem a sua luta, mas não, não compreendem. Oxalá que os que hoje protestam contra a austeridade não tenham de protestar amanhã pelo facto de já nem vencimentos terem. Depois, que se juntem à orquestra e comecem a tocar pois certamente morrerão mais felizes.