Foi um mito que caiu. O dos buracos sem fundo. Desde a descoberta dos buracos negros em mil nove e dezasseis por Karl Schwarzschild, que teorizou sobre o efeito, que a ciência não avançava tanto. Buraco negro, diz a teoria da geral da relatividade, é uma região do espaço da qual nada escapa, nem mesmo a luz. Ultrapassado o limite “event horizont” não há retorno possível para nada.
O fenómeno agora descoberto pelos técnicos do FMI no Ministério das Finanças, os buracos sem fundo, é em tudo similar aos buracos negros só que ao contrário destes, que são invisíveis e apenas podem ser medidas pela interacção com a matéria que os circunda, os agora descobertos são visíveis, existem em grande numero por todo o país e só chupam dinheiro.
A direcção geral do tesouro já mandou comprar lanternas e capacetes com mini câmaras incorporadas disponibilizando ao FMI 50 mil funcionários públicos para seguirem cada um dos buracos já descobertos até ao limite do humanamente possível. Tal como os 50 heróis de Fukushima que arriscaram a vida na central nuclear japonesa, também estes 50 mil portugueses envolvidos nesta acção sem retorno ganharão o estatuto de heróis e os seus ordenados e pensões apenas serão cortados em 10% ao contrário dos 20% do comum dos funcionários.