Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
10
Jun 12
jls, às 13:58link do post | comentar

Vivendo sempre em crise evitam-se as crises.

 

 

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03
Fev 12
jls, às 13:00link do post | comentar

Só esta semana os Portugueses ficaram a conhecer mais uma das duras medidas imposta pela Troika. O corte em pelo menos 10 graus nas temperaturas mínimas aceitáveis para a época. Uma fonte governamental da loja Mozart explicou esta semana num centro de sem abrigos na Quinta da Marinha que o frio que nos assola veio para ficar, pelo menos até a consolidação orçamental estar concluída. (que será segundo os peritos na melhor das hipóteses talvez um dia, na pior nunca ou segundo Medina Carreira numa medida de tempo ainda não inventada).

 

Esta vaga de frio polar que foi negociada à margem da vontade dos portugueses foi uma das condições impostas pelos países nórdicos como contrapartida de alguma flexibilização na avaliação ao terceiro exame que a Troika fará a Portugal em Fevereiro. Vinha acompanhada com seguinte nota de imprensa. “Eh Eh!”

 

Segundo um dos economistas mais reputados do FMI, que até já ganhou um quarto prémio no euromilhões, a descida de temperatura faz com os Portugueses tenham obrigatoriamente de se mexer para aquecer e a expectativa é que comecem a trabalhar ou pelo menos a fazer coisas e não tenham tempo para tantas queixas. Primeiro subimos o preço da Luz e do Gás, depois cortamos os ordenados e em terceiro baixamos as temperaturas. Segundo a experiencia feita com imigrantes portugueses em laboratório os resultados até estavam a ser satisfatórios, mas depois morreram.

 

Esta medida já foi prontamente criticada por BE e PCP que numa conferência de imprensa à lareira e a tiritar o dente criticaram mais esta experiencia neo-liberal que o FMI quer impor aos portugueses. É inadmissível que sejam sempre os mesmos a ter de pagar com mais sacrifícios. Pensionistas e desempregados do interior são os que mais vão sofrer, cheira-nos… justificou um bloquista mostrando uma folha com meio gráfico que seguidamente enrolou.

 

Também os sindicatos já criticaram esta medida e a fraca adesão à última greve dos transportes é já um sinal que os portugueses preferem ir trabalhar do que ficar em casa. Assim sempre poupam algum em casa, queixou-se um sindicalista que também já pondera deixar a carreira de sindicalista e ir trabalhar, nem que seja para a política.

 

Numa outra vertente o líder da oposição, António José Seguro, devidamente autorizado pela ala Socrática da sua bancada fez saber desde o Brasil, para onde se deslocou para pensar pois com o frio em Portugal não consegue ter boas ideias, que espera apenas uma reacção da presidência da república para dizer aos Portugueses o mesmo mas por outras palavras e com alguns gestos.

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11
Abr 11
jls, às 17:59link do post | comentar

 

Por aqueles dias viviam-se tempos confusos. Sabendo nós dos problemas do FMI, não sendo insensíveis a isso, decidimos ajuda-los.

 

Ovacionado de pé, foi assim que o querido Líder terminou o seu discurso no XVII congresso do PS onde exigiu união ao partido e força aos seus generais. Pediu ainda a receita de pernil de pescada da Dª Edite que os camaradas serviram no buffet ao almoço onde ainda teve tempo para dizer:

 

Camaradas, não se deixem iludir por promessas vãs. Fui eu com o meu esforço que vos trouxe até aqui. Lutei contra tudo e contra todos para vos dar o pão que comeis, prosperidade às vossas vidas, segurança nos vossos empregos, salários mais dignos e um futuro melhor para os vossos filhos. Criamos institutos e fundações como ninguém criou e foi connosco que Portugal foi noticia em todo o mundo, não há hoje mercado financeiro que não saiba onde estamos.

 

Fizemos de Portugal um país moderno, cheio de oportunidades e virado para o futuro, infelizmente só conseguimos foi dar isso a meia duzia de camaradas do partido. Mas com a vossa ajuda, agora sim. Vamos dar tudo a todos. Não temam esses senhores do FMI que agora nos visitam. Podiam apenas mandar o dinheiro que nos prometeram mas querem vir para aprender connosco. Pagam-nos para lhes explicarmos o segredo do nosso sucesso. Se eles teimam em vir vamos ajuda-los.


08
Abr 11
jls, às 19:11link do post | comentar

 

Questionado pelos seus colegas, os ministros das finanças da zona euro, Teixeira dos Santos não soube precisar o montante da ajuda que Portugal precisa nem tão pouco a morada e ao cuidado de quem tinha enviado o pedido.

 

No entanto à entrada para a reunião do Eurogrupo, enquanto fugia às questões dos jornalistas cuspindo fogo e fazendo uns malabarismos com bolas, lá puxou de uns amarfanhados restos de uma toalha de papel de mesa da pastelaria Brussels anotados nas costas, que trazia no bolso da camisa, e por alto de cabeça fez as primeiras contas.

 

Ora para o TGV do Zé são mais ou menos 30 mil, para a PPP da Mota-Engil do Coelho 10 mil, em prémios para as empresas públicas que dão pouco prejuízo são 10 mil, para o BPN e BPP outros 5, para as frotas automóveis desgastadas com um ano são mais 5 mil e como vamos para agora para campanha eleitoral mais 20 mil também davam jeito. Números redondos 80 mil já dão até ao verão. Juram os presentes que foi por essa altura que o presidente do FMI resolveu pedir ajuda a Deus.


05
Abr 11
jls, às 12:39link do post | comentar

 

Agora que estamos reduzidos a lixo, pecando por defeito a notação aos políticos, continua a haver nas empresas públicas, nomeadamente nos transportes, a negação sindicalista da realidade.

 

É certo que o chefe máximo da orquestra, o Engenheiro, continua a vender a mentira aos seus boys e contra a evidente realidade lá vai criando um país de maravilhas e utopias que só existe na sua alucinada cabeça.

 

O comum dos mortais olha para isto com pena e desdém e só deseja que esta gente se mantenha longe, muito longe. Mas o pior é quando a classe profissional dos sindicalistas, que infelizmente nunca conheceu o desemprego, decide alinhar na alucinação do chefe e ainda pensa que tal como no século passado a luta se faz pela greve, a maneira mais fácil e retrógrada, em vez de remar contra a corrente para defender o emprego dos seus. É sempre mais fácil aproveitar corrente, sem dúvida, mas ao menos que expliquem onde a luta os levará. À desgraça.

 

Desde Fevereiro que só no Metro já foram cinco e mais estão prometidas. Acreditam esses iluminados que os utentes compreendem a sua luta, mas não, não compreendem. Oxalá que os que hoje protestam contra a austeridade não tenham de protestar amanhã pelo facto de já nem vencimentos terem. Depois, que se juntem à orquestra e comecem a tocar pois certamente morrerão mais felizes.

 

 

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