Foi ao volante do seu tractor agrícola e de boina na cabeça (do mesmo modelo da que Paulo Portas usou na campanha para as legislativas de 2005, o modelo do tractor não conseguimos apurar) que o arguido Armando Vara, enquanto amanhava umas terras de Jardim Gonçalves junto ao TagusPark, falou connosco sob promessa de não publicarmos aqui a conversa.
Cumprindo a promessa, não publicaremos a conversa mas apenas o que foi dito.
Armando Vara disse que desde deixou o tacho no ministério sempre foi perseguido. Foi perseguido quando foi para a PT, foi perseguido quando foi para CGD, foi perseguido quando foi promovido na CGD e já estava a trabalhar no MILLENNIUM e agora no MILLENNIUM também é perseguido.
Natural de Vinhais, Bragança, Vara sente-se transtornado por andar uma vida inteira a ser perseguido só pela simples razão de ter passado a vida inteira a meter cunhas. Antigo aluno da UNI orgulha-se de ter sido o primeiro português a acabar uma pós-graduação no ISCTE sem antes ter feito a licenciatura,
como ainda exibe no seu CV.
Agora mais isto, sou arguido só por ter sido apanhado numas escutas a tentar ganhar algum por fora. Diga-me lá se isto não é perseguição. Todos sabem que as escutas são ilegais mas continuam a insistir em escutar quem trabalha.
Ao repararmos que havia um coelho com a “face oculta” que ladeira a baixo seguia o tractor concordamos.
Armando Vara é sem duvida um homem perseguido.