Os primeiros anarquista a chegar a Lisboa para a cimeira da Nato ficaram tão chocados com a forma como foram recebidos que ameaçam não fazer estragos nenhuns e trocar as manifestações por voluntariado no Banco Alimentar.
F., socialista utópica com especialização em legislação grafitiana, explica-nos aos gritos que a polícia não bateu em ninguém, que a maior parte das montras já está em tão mau estado que nem vale a pena partir, a gasolina tão cara que só com gasóleo agrícola conseguimos fazer cocktails molotov e as paredes tão grafitadas que não há nada para pintar. Tentamos roubar um velhote mas não tinha cheta, com pena ainda lhe pagamos um bolo.
Os políticos já destruíram tudo, neste caos é impossível desorganizar mais alguma coisa, finalizou enquanto se auto-apedrejava.