Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
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Jul 12
jls, às 00:03link do post | comentar

Demorou bosão e meio de tempo desde o emocionado anúncio que Gabriel Garcia Márquez (GGM) não voltaria a escrever por sofrer de demência e perda de memória até a sua carta de despedida voltar às redes sociais.

 

Há uns anos atrás Gabriel Garcia Márquez (GGM) dava entrada num hospital em Bogotá, Colômbia, com sintomas de um cancro linfático. Felizmente os sintomas não se confirmaram. No entanto na mesma altura, de forma viral, surgia na net uma emocionante carta de despedida que teria escrito aos seus amigos.

 

Questionado sobre se a autoria da mesma era sua GGM foi taxativo quanto à sua origem: “Mais valia morrer com um cancro linfático do que ter escrito uma carta de despedida daquelas”.

 

Quem possivelmente não apreciou esta resposta terá sido Johnny Welch, humorista mexicano com dotes de ventríloquo, que escreveu a dita carta em 1999 para um dos seus espetáculos, texto a que chamou La Marioneta, e que até hoje poucos ou nenhuns créditos recebeu pela sua criatividade. Leu esse poema o seu boneco Don Mofles que com pieguice se despediu dos homens não sabemos se para dar lugar a outro boneco se para dos seus trapos fazerem uma manta.

 

A carta serve para pensar um pouco mas também para enviar a 10 amigos e pedir que os mesmos enviem nos 10 minutos seguintes a outros 10 para assim não terem 10 anos de azar ou um pelo encravado. A carta aqui fica.

 

“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapos e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso mas pensaria tudo o que digo.

 

Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.

 

Dormiria pouco, sonharia mais.

 

Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.

 

Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.


Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…


Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.

 

Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.


Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.


Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…


Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.


Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.


Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.


A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.


Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. 

 

Tantas coisas aprendi com vocês Homens…

 

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.


Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai o tem agarrado para sempre.


Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.


São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro desta mala, infelizmente estarei a morrer…”


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