O Conselho de Administração da Assembleia da República manifestou-se, mais uma vez, contra a introdução da água da torneira nas reuniões parlamentares, argumentando que o seu custo é quase 30 vezes superior ao da água engarrafada.
Para chegar a esta conclusão os mais altos dignatários da nação explicaram ao povo que para utilizar a “água del cano” é necessário incorrer em custos de pessoal nomeadamente “para o enchimento, limpeza, colocação e arrumo dos vasilhames”, bem como comprar jarros (o detalhe das despesas está aqui explicado).
Mentes mais perversas e talvez não tão bem informadas como nós podem pensar que este princípio também se aplica às nossas casas e seguindo o exemplo da Assembleia da Republica ainda incorremos no risco de poupar em água o equivalente ao que o BIC pagou pelo BPN caindo assim na situação de enriquecimento ilícito, punível às vezes por lei. Daí que o comunicado do Conselho de Administração da Assembleia da Republica deveria vir com a advertência “não tentem isto em casa”.
Com expectativa, nervosismo e suores frios ficamos agora à espera do próximo grande corte ou medida de fundo no orçamento geral do estado. Quem sabe se não é desta que obrigam os deputados a cortar o seu próprio cabelo?