A Kodak, (1878-2012), que inventou o rolo de filme e a máquina fotográfica e que se cruzou com a vida de tantos milhões de pessoas perpetuando pelas fotos momentos inesquecíveis apresentará brevemente o pedido de insolvência.
É mais uma empresa a falir, dirão os mais pragmáticos. A Kodak? Perguntarão os mais nostálgicos, como é possível.
O curioso da história é que a situação poderia ser diferente se em 1975 a empresa tivesse aproveitado a invenção de um seu engenheiro. A máquina digital. Perante o dilema de aproveitar a invenção que revolucionou a fotografia ou matar a galinha dos ovos de ouro, o filão dos rolos de filme e das máquinas tradicionais onde a empresa era líder incontestável, a direcção optou pelo segundo caminho, o mais seguro. Para mal da empresa todos os concorrentes a ultrapassaram com o salto para o digital.
A lição que fica é que hoje mais que nunca é necessário cortar com o passado, inovar, descobrir e reinventar vantagens competitivas. Sair da zona de conforto nos melhores momentos marca a diferença entre criar as regras do jogo ou jogar segundo as regras dos outros. Quanto mais cedo o fazemos, menos temos de correr atrás.