Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
26
Out 11
jls, às 16:37link do post | comentar

Foi necessário Cavaco reunir os seus 19 Conselheiros de Estado, o equivalente a um milhão de euros anuais em subvenções vitalícias e quase outro tanto em tickets restaurante e senhas de presença, durante 6 longas horas para finalmente se encontrar a solução para a crise e se ver luz, ainda que ténue, ao fundo do túnel. Finalmente a mensagem de esperança que há tanto tempo esperávamos chegou.


Apesar de o único ponto da agenda ser a crise da Zona Euro fontes do palácio de Belém que pediram o anonimato e cem mil euros em notas pequenas a depositar numa conta do BPN em nome de um antigo conselheiro de estado juraram a pés quase juntos que ainda a maior parte dos presentes não tinha acabado de se cumprimentar e sentar e já solução tinha sido encontrada numa antiga acta de um conselho de estado de 1975, permitindo assim que Manuel Alegre levasse à mesa a discussão de um tema verdadeiramente importante. O actual momento do Sporting.


O debate aqueceu de tal forma que só a chegada das pizzas por volta das 21 H trouxe novamente alguma racionalidade à discussão. Cavaco aproveitou então a oportunidade para lançar um tema que o atormenta ainda mais que a violação da equidade fiscal pelo corte dos subsídios. A poda das anonas. Infelizmente por não ter nenhum gráfico para juntar ao debate e pelo pessoal da limpeza já se encontrar a aspirar a sala do lado os trabalhos tiveram de ser encerrados.


Apesar do barulho do aspirador foi audível a leitura da solução para a crise. Um “diálogo construtivo” de todas as forças políticas e sociais. Se é só isso ficamos mais descansados.


21
Out 11
jls, às 18:04link do post | comentar

Desenganem-se os que estudam nas universidades para um dia se formarem em engenharia, medicina, direito ou gestão. Querem um emprego, um verdadeiro emprego (não um trabalho…), bem remunerado e com futuro? Acabem a quarta classe e abracem a carreira sindical. 

 

Ângelo Monforte foi isso que fez. Funcionário da autarquia do Pombal este incansável dirigente sindical conseguiu o feito de não trabalhar um único dia na autarquia nos últimos 8 anos. O presidente da autarquia fez o que era suposto qualquer pessoa de bom senso fazer. Congelou-lhe o ordenado. Infelizmente o Tribunal de Leiria foi de opinião diferente. Acha que todos nós, contribuintes, deveremos continuar a pagar o ordenado do Sr. Ângelo para ele continuar a não fazer nada seguindo a sua carreira sindicalista e assim contribuir para o esforço nacional que a todos nós é exigido com a única coisa que sabe fazer. Nada.

 

É uma pena a Troika ainda não se ter debruçado verdadeiramente sobre este flagelo nacional. Aqui sim podiam cortar e despedir. Como diria Woody Allen; "A vocação de um sindicalista de carreira é fazer de cada solução um problema".


18
Out 11
jls, às 19:59link do post | comentar

 

A Mãe fugiu da violência, o pai chora por ela, o irmão matou a avó, os padrinhos estão revoltados e ela até há pouco tempo consumia drogas e participava em sessões de sexo em grupo. Houve também roubos e tentativas de suicídio nesta pacata família que a abandonou aos 6 anos.

 

O que te pode acontecer mais Teresa? Descobrir uns tios que são funcionários públicos?


14
Out 11
jls, às 18:44link do post | comentar

"Mais do que em qualquer outra época, estamos numa encruzilhada. Um dos caminhos leva à catástrofe e ao mais terrível desespero. O outro leva à extinção total. Vamos rezar para que façamos a escolha certa".Woody Allen

 


jls, às 14:56link do post | comentar

 

A conjugação destas três notícias (Governo não pagou dívida às autarquias; Dívidas das autarquias à Águas de Portugal ascendem a 400 milhões de euros; Águas de Portugal com dívidas de 1,7 mil milhões à banca) resulta numa história quase idêntica a esta.

 

A uma pequena vila do interior, economicamente falida e a viver a crédito, chega certo dia um viajante. Procura um sítio para pernoitar e indicam-lhe a única pensão da vila. Entra na pensão e pede para ver os quartos deixando em cima do balcão uma nota de 100 Euros como caução. Na companhia do recepcionista sobe aos vários pisos para escolher um quarto.

 

Enquanto isso, o dono da pensão, confiando que o viajante aí se vai hospedar, pega na nota dos 100 euros e corre ao supermercado que o abastece saldar uma divida antiga.

 

O dono do pequeno supermercado que também já há muito tempo não via uma nota de cem de euros corre ao talho, o seu fornecedor de carne, saldar as contas da passada semana.

 

O criador de gado quando viu entrar o dono do talho pela herdade nem queira acreditar. Mais surpreendido ficou quando soube ao que vinha. Uma vez que já lhe tinha cortado o crédito não havia razão para ele estar ali. Mas era verdade, vinha pagar. Cem euros de dívidas acumuladas.

 

Face a esta inesperada entrada de fundos o criador de gado decidiu também ele ir liquidar os últimos serviços que a menina Rosa lhe tinha prestado. A menina Rosa, técnica qualificada nas artes do prazer, além de fazer domicílios tinha o seu estabelecimento comercial montado, uma pequena cadeira, à beira da estrada nacional onde atendia camionistas, ciclistas e até mesmo caminhantes que por ali passavam a pé. Aos mais finos atendia-os na pensão, local onde tinha uma conta corrente em aberto e com dívidas para saldar. Foi pois com surpresa que o dono da pensão a viu entrar para regularizar a divida.

 

O viajante que entretanto tinha visto os quartos e decidido ficar foi surpreendido ao fim do dia com uma chamada da empresa a exigir a sua presença no dia seguinte em Lisboa. Alterou os seus planos e pediu a devolução dos cem euros ao dono da pensão, tendo-lhe este devolvido a mesma nota que horas antes tinha entregue. 

 

Ao deixar a vila achou curioso o facto de as pessoas com quem se cruzou mostrarem um ar ligeiramente diferente das mesmas com quem nessa manhã se tinha cruzado. Naquela tarde e apesar de ninguém ter ganho nada a circulação do dinheiro pela vila amenizou em muito a crise e animou a economia local.


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