Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
11
Mai 11
jls, às 18:29link do post | comentar

 

Depois de alguns imbróglios jurídicos, área em que se especializou a maioria dos juízes do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, nada como inovar e passar ao patamar seguinte, o do cego jurídico.


No processo “Apito Final”, o mesmo onde o Sr. Pinto da Costa negoceia nomeações e alicia árbitros, devidamente registadas via áudio mas que infelizmente não puderam ser aceites como prova pois foram feitas sem o prévio consentimento dos vigaristas envolvidos, perdão; vigaristas implicados, os iluminados juízes decidiram agora que parte da reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, que indeferiu os recursos dessa agremiação falida que em tempos acudiu por Boavista assim como do implicado Costa, pura e simplesmente não existiu. Para efeitos legais a reunião terminou às 17.55H exortou um juiz de beca ao lado.


Mais uma vez e tal como em situações anteriores, infelizmente sobre isso ainda nenhum dos arguidos opinou, o tribunal em momento algum se debruçou sobre a matéria recorrida e provavelmente nunca o fará pois os hábeis advogados encontrarão sempre uma alínea esquecida de um qualquer código onde a justiça possa tropeçar.


Antes que os implicados se apressam a vir à praça publica clamar mais uma vez por inocência quiçá motivados por esse exemplo de hipocrisia maior chamado Candidato Sócrates, homem de muitas virtudes que brevemente levará o País ao sucesso, depois de outro, no caso um tal de primeiro-ministro Sócrates, nos ter levado à bancarrota que se lembrem que isto das moedas terem duas faces é uma chatice e que para haver uma mentira é necessário que falte uma verdade. Os americanos têm uma coisa que nos dava agora um jeitão. É rápida e eficaz. Chama-se Justiça e usam-na em tribunais. Serve para o comum dos mortais assim como para vigaristas como o Madoff, presidentes como o Clinton ou até para terroristas como o Bin Laden.


31
Mar 11
jls, às 18:46link do post | comentar

 

Da Assembleia da Republica, local onde se encontra de férias a despachar pagamentos a magistrados chegados de ministros e boys em geral, o secretário de estado da Justiça já veio dizer que a culpa da falta de tonners para as impressoras nos tribunais de Sintra e Almada é do PSD que como todos os socialistas sabem, perdão portugueses, precipitou esta terrível crise politica que vivemos e colocou o país à beira do precipício.

 

Felizmente já encontramos uma solução. Em vez de imprimir as decisões dos juízes os funcionários judiciais vão decora-las e entregaremos a cada um dos arguidos, advogados e restantes intervenientes nos processos um funcionário. Agradecemos que o alimentem, lhe tratem da higiéne pessoal e no fim dos prazos para recurso que não os devolvam.

 

 

 


22
Abr 10
jls, às 19:20link do post | comentar

Está ao rubro a luta pelo Razzie “ Juiz adiantado de ouro mental ” no Tribunal da Relação de Lisboa. O porteiro do tribunal confidenciou numa entrevista exclusiva à Dica da Semana, a todos os jornais gratuitos e também aos outros que há uma aguerrida competição entre os juízes a ver quem toma a decisão mais tantã provando assim a extraordinária forma física e mental que a justiça portuguesa atravessa.

 

Fez-se história com esta decisão e Portugal qualificou-se mais uma vez para os mundiais da modalidade “In Justice” ultrapassando mesmo países como a Guiné Equatorial, Iraque ou até a sempre difícil Coreia do Norte.

 

A polémica decisão ganhou o máximo de pontos na categoria “corruptus pútrido”. Segundo as câmaras de video do túnel do tribunal ficou provado que o chefe duns parques de estacionamento de Braga, Lisboa e de todas as outras cidades nacionais corrompeu um vereador da Câmara Municipal de Lisboa, tendo até tido o cuidado de ser apanhado em flagrante delito, mas apesar disso foi absolvido uma vez que o vereador não era a pessoa indicada a corromper.

 

É interessante o precedente agora aberto, talvez venha até a servir de jurisprudência, pois permite a qualquer assassínio que justifique o seu crime dizendo apenas que matou a pessoa errada. Também Vale e Azevedo já aplaudiu esta decisão comunicando à Rainha-Mãe que se tivesse conhecido estes juízes antes não necessitava de exilar.

 

Do outro lado, na cantina da Câmara e enquanto fazia holas-mexicanas para a justiça e se enfrascava com gin de aloé-vera tónico, fomos encontrar um inconsolável e arrependido vereador que se vai auto-processar por não ter aceite os 200 mil euros.


02
Mar 10
jls, às 18:36link do post | comentar

Só tenho coisas que me ralem. A lombalgia de que padeço agravou-se nas últimas horas ao saber da intenção de João Rendeiro, a maior promessa bancária nacional logo a seguir às obrigações caixa 24, em ajudar os clientes de retorno absoluto do BPP a processarem o Estado e outras entidades, incluindo o Banco de Portugal. Asseguro-vos que me esbofeteie e pedi um copo de água quente para acompanhar a bica só para ter a certeza que não sonhava e que o que lia no Expresso era real.

 

O mesmo João Rendeiro que num artigo publicado no Expresso Economia de 10 de Janeiro de 2009 escrevia pelo seu punho que: “Em todo este processo lamento no entanto acima de tudo uma coisa: que muitos clientes do BPP tenham julgado que as aplicações de “retorno absoluto” não tinham riscos.”, quer agora, passado um ano, colocar-se ao lado da posição dos clientes que alegremente levou à falência e há provável falta de oportunidade de se processar a si próprio, essa figura segundo a ultima edição do código penal e de acordo com a nova revisão do catálogo IKEA ainda não é permitida a não ser que pague o transporte, vem aborrecer os juízes para que entre a análise de duas escutas ao Primeiro-Ministro ou no intervalo dum jogo de futebol se debrucem sobre a sua postura calimeriana ou ao invés decidam já colocar uma pulseira electrónica no seu pensamento liberal. 

 

Como a minha conselheira para assuntos económicos, a Alexandra Solnado, está em digressão num planeta distante tive de recorrer aos serviços da Simara para que com as suas cartas amestradas e os seus poderes milenares me contactasse o espírito de Thomas Sutherland, criador do maior banco do mundo, na expectativa dum elucidamento meramente técnico sobre o tipo de psicotrópicos que aquela alminha poderá andar a tomar para lhe provocar um tão grande enviesamento na sua realidade económica.

Aos que apenas seguem os Ídolos e as goleadas do Benfica esclareço aqui que a figura em causa, candidato ao Nobel da Ironia, no dia que o banco que administrava faliu publicou um pomposo livro, constituído por capa contra-capa e com páginas cheias de letras entre as ambas, a que chamou: “João Rendeiro – Testemunho de um banqueiro” A história de quem venceu nos mercados. Os magistrados do Ministério Publico, segundo uma fonte anónima da Bulhosa Livreiros com que já fui duas vezes ao cinema, uma das quais ver um filme, foram os únicos até agora a comprar o livro, e para colorir a história decidiram constitui-lo arguido por suspeitas de eventuais ilícitos criminais, fraude fiscal, falsificação de contabilidade e branqueamento de capitais. E assim vai a nossa pujante economia e nobre justiça.


23
Nov 09
jls, às 17:04link do post | comentar

Ao som duma concertina “Dino Baffetti” o genérico arranca. Toca o borrachão. Num caixote do lixo vê-mos muitos processos abandonados. Em redor no meio do fumo, dos maus cheiros e de outros detritos a câmara foca processos mortos, capas destroçadas, folhas rasgadas, sentenças adiadas, o nome de arguidos em prisão domiciliária e um ou outro com a indicação: Arquivar. É um cenário de destruição. A música é agora mais triste, passa o Cume da Serra.

 
Há um gato que mia e salta de dentro de um dos contentores. Com o barulho um dos processos acorda. Olha em redor e tem um flashback do terrível acidente que lhe aconteceu. Recorda-se vagamente de se encontrar no gabinete do procurador e de ver entrar à socapa um funcionário judicial mascarado de juiz. Distingui-o pela toga que trazia, uma praetexta.
 
A cena muda e leva-nos agora para uma festa. Três homens conversam. Um deles tem barba e óculos, outro tem óculos e barbicha e o outro não tem nem barba nem óculos nem pelos nas orelhas. Talvez seja por isso que esteja mais triste. Todos bebem redbull. Com o som da concertina de fundo, que passa agora um corridinho, tentamos perceber sobre o que conversam.
 
- Eliminados, Martins?.
- Tudo. E não quero inquéritos Monteiro.
 
Acaba o genérico e não percebemos mais.

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