Só esta semana os Portugueses ficaram a conhecer mais uma das duras medidas imposta pela Troika. O corte em pelo menos 10 graus nas temperaturas mínimas aceitáveis para a época. Uma fonte governamental da loja Mozart explicou esta semana num centro de sem abrigos na Quinta da Marinha que o frio que nos assola veio para ficar, pelo menos até a consolidação orçamental estar concluída. (que será segundo os peritos na melhor das hipóteses talvez um dia, na pior nunca ou segundo Medina Carreira numa medida de tempo ainda não inventada).
Esta vaga de frio polar que foi negociada à margem da vontade dos portugueses foi uma das condições impostas pelos países nórdicos como contrapartida de alguma flexibilização na avaliação ao terceiro exame que a Troika fará a Portugal em Fevereiro. Vinha acompanhada com seguinte nota de imprensa. “Eh Eh!”
Segundo um dos economistas mais reputados do FMI, que até já ganhou um quarto prémio no euromilhões, a descida de temperatura faz com os Portugueses tenham obrigatoriamente de se mexer para aquecer e a expectativa é que comecem a trabalhar ou pelo menos a fazer coisas e não tenham tempo para tantas queixas. Primeiro subimos o preço da Luz e do Gás, depois cortamos os ordenados e em terceiro baixamos as temperaturas. Segundo a experiencia feita com imigrantes portugueses em laboratório os resultados até estavam a ser satisfatórios, mas depois morreram.
Esta medida já foi prontamente criticada por BE e PCP que numa conferência de imprensa à lareira e a tiritar o dente criticaram mais esta experiencia neo-liberal que o FMI quer impor aos portugueses. É inadmissível que sejam sempre os mesmos a ter de pagar com mais sacrifícios. Pensionistas e desempregados do interior são os que mais vão sofrer, cheira-nos… justificou um bloquista mostrando uma folha com meio gráfico que seguidamente enrolou.
Também os sindicatos já criticaram esta medida e a fraca adesão à última greve dos transportes é já um sinal que os portugueses preferem ir trabalhar do que ficar em casa. Assim sempre poupam algum em casa, queixou-se um sindicalista que também já pondera deixar a carreira de sindicalista e ir trabalhar, nem que seja para a política.
Numa outra vertente o líder da oposição, António José Seguro, devidamente autorizado pela ala Socrática da sua bancada fez saber desde o Brasil, para onde se deslocou para pensar pois com o frio em Portugal não consegue ter boas ideias, que espera apenas uma reacção da presidência da república para dizer aos Portugueses o mesmo mas por outras palavras e com alguns gestos.