O meu divertimento favorito de Sábado é ler as crónicas que Ernesto Ferreira da Silva escreve no Jornal A Bola. Lê-se a crónica de Ricardo Araújo Pereira, sempre excelente e cheia de graça, e depois continuando no registo humorístico passamos para EFS.
O tema da crónica de EFS é sempre o mesmo; encontrar semana após semana características únicas que façam do Sporting o maior clube europeu logo depois de Barcelona e Real Madrid. A piada da crónica está em pensarmos que EFS acredita no que escreve e, tarefa mais difícil, fazer com que algum Sportinguista tenha orgulho naquelas manhosas estatísticas e duvidosas descobertas que faz.
Para quem está atento ao fenómeno desportivo facilmente encontra contradições no discurso de EFS. Sendo o Sporting a terceira potência desportiva portuguesa, depois do Benfica, do Porto e vendo um Braga cada vez mais perto pelo retrovisor, EFS desvia o assunto do futebol, considerando-o marginal ao fenómeno desportivo, valorizando modalidades menores para depois num golpe de rins de fazer inveja ao Polga orgulhar-se das palavras de David Villa do Barcelona, exponenciando-as ao ridículo, de servirem como medida do prestigio internacional do Sporting.
Sendo este espaço um lugar dedicado ao humor tomei a liberdade de copiar parte da crónica da passada semana onde além desta pérola outras podemos encontrar. Na citação que aqui vos deixo EFS chama arruaceiros aos que como eu o alertam através da escrita para a necessidade urgente de voltar às consultas de psiquiatria dado o Real (e já agora Barcelona) afastamento da realidade que padece.
“Sporting Candidato
Com base nas exibições já realizadas é minha convicção que os jogadores do Sporting vão honrar a camisola, deixando tudo, mas tudo, em campo, em todos os jogos desta época.
Paulo Sérgio voltou a assumir esse compromisso, em entrevista bem conseguida, ao jornal do Sporting, o mais antigo dos publicados pelos clubes Europeus. A propósito: quando na semana passada aqui escrevi que o Sporting era o clube português com mais presenças nas competições europeias (só ultrapassado pelo Barcelona e Real Madrid) logo saíram à liça alguns arruaceiros dizendo, sem desmentir a afirmação, entre outros dislates, que a grandeza dos clubes não se media pelas participações na EUFA, nem pelo numero de museus, nem pelo numero de praticantes, nem pela excelência da formação, nem pelo numero de títulos de todas as modalidades. O que contava era as vitórias no futebol, o resto era conversa, diziam.
O certo é que o prestigio internacional do Sporting é reconhecido a cada momento, como provam as declarações de David Villa, do Barcelona ao Record de ontem, que disse ter Zapater feito “muito bem” em trocar o Génova pelo Sporting porque ele, Zapater, queria “ganhar títulos, jogar sempre para o primeiro lugar, crescer como futebolista”. Agora, Villa diz que vai “estar mais atento À Liga Portuguesa, em particular ao Sporting”, pois está “sempre a torcer pelo sucesso” do amigo Zapater.”
No mesmo dia e numa exibição paupérrima o Sporting respondia à motivação e fé Ernestiana com a primeira derrota da época em Paços de Ferreira.