Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
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Jun 12
jls, às 19:01link do post | comentar

O Portugal-Alemanha de ontem foi durante os primeiros 70 minutos, enquanto não perdíamos, o espelho do que somos como equipa e país. Apesar das capacidades e meios que dispomos para ambicionar a tudo cedemos sempre perante o dilema entre arriscar assumindo o que queremos ou esperar que o seja destino a vir de encontro a nós, para o melhor ou pior.

 

Ao invés de enfrentarmos o adversário valorizando o melhor que temos preferimos estrategicamente ou tácticamente abdicar da nossa vontade e submissamente respeita-lo adequando o nosso jogo ao jogo que nos impõe. E foi só quando o marcador traduziu a inferioridade que estava na cabeça dos jogadores e treinador, já agora país, que nos transfiguramos e lá descobrimos que eramos capazes de fazer melhor e se não fosse o tempo escassear e aquela pontinha de azar até que conseguíamos. Inebriados por esta finta do destino ainda saímos sorridentes e confiantes de que tudo não passou de percalço, uma injustiça, e que se fizermos precisamente o mesmo na próxima a sorte nos sorrirá.  

 

Ao contrário do que Virgílio profecia na Eneida; “O Sucesso encoraja-os. Eles podem porque pensam que podem”, é uma pena que Portugal precise sempre desse tónico do abismo para à beira do precipício e na iminência da derrota acordar e partir para a luta trocando a fé por trabalho e o desejo por vontade.


Se tivéssemos ganho a Angela Merkel cortava-nos os fundos/esmolas, que esse parece ser o único talento que o
s nossos políticos têm, pedir mais e mais €. Quem vier a seguir que se desenrasque com as dívidas do país. Mais uma vez portámos-nos como os "sabujos" que somos.
CADS a 10 de Junho de 2012 às 19:25

Carlos,

Nem mais. Nada de afrontar a chefe.

Abraço,

Jls
jls a 12 de Junho de 2012 às 18:55

Permita-me discordar. Nos primeiros 70 minutos vimos um jogo muito apático, mas pelo respeito mútuo que as equipas demonstraram.
Não me pareceu falta de ambição ou submissão, até porque a Alemanha teve exactamente a mesma atitude para com a selecção portuguesa.
O golo poderia ter aparecido na fase final do jogo, mas faltou o factor sorte.
De qualquer forma faltam dois jogos a Portugal e ainda há muito para ver...
apostas euro 2012 a 12 de Junho de 2012 às 12:06

É verdade que o jogo até ao golo foi apático, mas nesse período a Alemanha esteve sempre mais em jogo e assumiu mais as despesas do jogo que Portugal. Chateia é ver Portugal fazer 20 minutos fabulosos e ficarmos a pensar mas se conseguem fazer isto porque não o fizeram antes.

Espero o melhor para a seleção e estou optimista, mas esta decisão de voltar a apostar em Helder Postiga oxalá não nos saia cara.

Para finalizar. C. Ronaldo não pode nunca ficar amarrado estratégicamente a um lugar. Ele rende o que rende quando tem liberdade. Acho que qualquer um consegue ver isso.
jls a 12 de Junho de 2012 às 19:00

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