Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
26
Abr 11
jls, às 18:19link do post | comentar

 

Boavistaaaaaa! 

 

Foi assim que José Lello começou a conferencia de imprensa para esclarecer o mal entendido com o Presidente da Republica.

 

Falei agora com o meu primo Marquito, o representante às quintas-feiras em Carcavelos da marca BackBerry que os sacanas dos Canadenses já copiaram como BlackBarry, que me explicou a origem desta arreliadora deficiência tecnológica que originou o mal entendido.


O tradutor de politiquês que o Marquito sacou da net e instalou no portátil da Assembleia fez interferência com o interface wi-fi que o Facebook usa para comunicar com o telemóvel, daí a razão para a frase “o Presidente da Republica não fui suficientemente abrangente” ter sido traduzida para: “o Presidente é foleiro”.


Infelizmente não é a primeira vez que isto acontece. Há uns dias enviei um sms ao meu camarada Sócrates a dizer: “Zé, orienta aí a direcção geral de uma EP para um amigo” e o Facebook traduziu para: “Só com a competência do nosso primeiro-ministro, o meu camarada José Sócrates, conseguiremos sair desta encruzilhada para onde a irresponsável oposição nos atirou”. 


25
Abr 11
jls, às 15:52link do post | comentar

 

 

 

 

Afinal Otelo Saraiva de Carvalho já não está arrependido de ter feito a revolução do 25 de Abril.

 

Enquanto degustava duas bifanas com um naco de broa e um copo de sangria, falou connosco:

 

As comemorações deste dia, nos últimos 36 anos, pá, foram uma verdadeira seca, já andava sem paciência para isto pá. Foi por isso que mostrei o meu arrependimento pela revolução. Era só discursos e mais discursos na Assembleia da Republica e odes a uma liberdade que nunca tivemos, pá. Este ano sim, a festa foi boa.

 

Quando há um mês o Cavaco me convidou pelo facebook e disse que a festa era nos Jardins do Palácio vi logo que ia haver churrascada, pá. Disse-lhe para convidar o Eanes, o Soares e o Sampaio e deixar as coisas por nossa conta. O carvão trouxe-o eu, o Sampaio a carne, o Soares fez a sangria e o Eanes as brasas. Foi uma festa muito porreira pá. Ainda jogamos à sueca e ao dominó mais depois apareceu por aí a rapaziada da assembleia também para petiscar qualquer coisa e a malta para os distrair e serenar os ânimos disse umas palavras de ordem.

 

O resto já vocês sabem. Os discursos são sempre o que são e com a sangria do Soares a única coisa que percebi é que agora é que é, pá! 


13
Abr 11

Dada a continua destruição de regalias na Administração Publica, a imposição do mesmo tipo de sacrifícios aos trabalhadores nomeados para cargos públicos que aos restantes funcionários e a provável vitória do PSD nas eleições de 5 Junho e consequente perca do poleiro para a maioria de nós, decidimos juntar-nos à Frente Comum (Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública) e avançar com uma jornada de luta fazendo greve no próximo dia 6 de Maio, sexta-feira de bom tempo que vai dar um fim-de-semana em grande.

 

Já dissemos aos partidos políticos que não queremos mais esta política de direita que nos obriga a trabalhar quase todos os dias da semana. Não é com o corte de uma ou duas viaturas de serviço, a redução de assessores e secretárias, o recuo em mordomias e a limitação dos plafonds dos cartões crédito que vamos estimular a economia.

 

A greve pretende ainda exigir serviços públicos de qualidade, contestar a precariedade, a mobilidade, os despedimentos, o congelamento salarial, o aumento dos impostos, exigir carreiras dignificantes, a revogação do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública. Somos também contra a presença do FMI, do BCE, da UE e da NATO em território nacional. Apenas aceitamos a presença da FNAC.

 

 

 


12
Abr 11
jls, às 17:48link do post | comentar

 

Foi um mito que caiu. O dos buracos sem fundo. Desde a descoberta dos buracos negros em mil nove e dezasseis por Karl Schwarzschild, que teorizou sobre o efeito, que a ciência não avançava tanto. Buraco negro, diz a teoria da geral da relatividade, é uma região do espaço da qual nada escapa, nem mesmo a luz. Ultrapassado o limite “event horizont” não há retorno possível para nada.

 

O fenómeno agora descoberto pelos técnicos do FMI no Ministério das Finanças, os buracos sem fundo, é em tudo similar aos buracos negros só que ao contrário destes, que são invisíveis e apenas podem ser medidas pela interacção com a matéria que os circunda, os agora descobertos são visíveis, existem em grande numero por todo o país e só chupam dinheiro.

 

A direcção geral do tesouro já mandou comprar lanternas e capacetes com mini câmaras incorporadas disponibilizando ao FMI 50 mil funcionários públicos para seguirem cada um dos buracos já descobertos até ao limite do humanamente possível. Tal como os 50 heróis de Fukushima que arriscaram a vida na central nuclear japonesa, também estes 50 mil portugueses envolvidos nesta acção sem retorno ganharão o estatuto de heróis e os seus ordenados e pensões apenas serão cortados em 10% ao contrário dos 20% do comum dos funcionários.


11
Abr 11
jls, às 17:59link do post | comentar

 

Por aqueles dias viviam-se tempos confusos. Sabendo nós dos problemas do FMI, não sendo insensíveis a isso, decidimos ajuda-los.

 

Ovacionado de pé, foi assim que o querido Líder terminou o seu discurso no XVII congresso do PS onde exigiu união ao partido e força aos seus generais. Pediu ainda a receita de pernil de pescada da Dª Edite que os camaradas serviram no buffet ao almoço onde ainda teve tempo para dizer:

 

Camaradas, não se deixem iludir por promessas vãs. Fui eu com o meu esforço que vos trouxe até aqui. Lutei contra tudo e contra todos para vos dar o pão que comeis, prosperidade às vossas vidas, segurança nos vossos empregos, salários mais dignos e um futuro melhor para os vossos filhos. Criamos institutos e fundações como ninguém criou e foi connosco que Portugal foi noticia em todo o mundo, não há hoje mercado financeiro que não saiba onde estamos.

 

Fizemos de Portugal um país moderno, cheio de oportunidades e virado para o futuro, infelizmente só conseguimos foi dar isso a meia duzia de camaradas do partido. Mas com a vossa ajuda, agora sim. Vamos dar tudo a todos. Não temam esses senhores do FMI que agora nos visitam. Podiam apenas mandar o dinheiro que nos prometeram mas querem vir para aprender connosco. Pagam-nos para lhes explicarmos o segredo do nosso sucesso. Se eles teimam em vir vamos ajuda-los.


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