Redige habitualmente em latim, língua que não domina nem tão pouco conhece, artigos científicos que as revistas da especialidade teimam em não publicar. Para a TV7 DIAS e MARIA escreve artigos económicos. No tempo que lhe sobra escreve aqui.
15
Jul 12

 

Como todos os ciclos com os seus princípios e fins, quatro anos depois este acaba aqui. A todos os que por aqui passaram, me leram e comentaram muito obrigado. Sejam felizes e façam outros felizes. Nunca esqueçam, como escreveu Carlos Drummond de Andrade, "Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."

 

E como a vida é feita de mundança... Foi para aqui que me mudei.


12
Jul 12
jls, às 23:17link do post | comentar

A curiosidade é saber onde os obteve.

Terá sido como presidente da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários, por interferência da Maçonaria ou com a ajuda do espião Silva Carvalho?

 

Como é que raio Miguel Relvas conseguiu os pokes para neste jogo ter vidas infinitas, tempo infinito, imunidade, créditos e ainda a possibilidade de eliminar inimigos?

 

Razão tinha Churchil. "A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”


10
Jul 12
jls, às 00:03link do post | comentar

Demorou bosão e meio de tempo desde o emocionado anúncio que Gabriel Garcia Márquez (GGM) não voltaria a escrever por sofrer de demência e perda de memória até a sua carta de despedida voltar às redes sociais.

 

Há uns anos atrás Gabriel Garcia Márquez (GGM) dava entrada num hospital em Bogotá, Colômbia, com sintomas de um cancro linfático. Felizmente os sintomas não se confirmaram. No entanto na mesma altura, de forma viral, surgia na net uma emocionante carta de despedida que teria escrito aos seus amigos.

 

Questionado sobre se a autoria da mesma era sua GGM foi taxativo quanto à sua origem: “Mais valia morrer com um cancro linfático do que ter escrito uma carta de despedida daquelas”.

 

Quem possivelmente não apreciou esta resposta terá sido Johnny Welch, humorista mexicano com dotes de ventríloquo, que escreveu a dita carta em 1999 para um dos seus espetáculos, texto a que chamou La Marioneta, e que até hoje poucos ou nenhuns créditos recebeu pela sua criatividade. Leu esse poema o seu boneco Don Mofles que com pieguice se despediu dos homens não sabemos se para dar lugar a outro boneco se para dos seus trapos fazerem uma manta.

 

A carta serve para pensar um pouco mas também para enviar a 10 amigos e pedir que os mesmos enviem nos 10 minutos seguintes a outros 10 para assim não terem 10 anos de azar ou um pelo encravado. A carta aqui fica.

 

“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapos e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso mas pensaria tudo o que digo.

 

Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.

 

Dormiria pouco, sonharia mais.

 

Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.

 

Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.


Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…


Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.

 

Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.


Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.


Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…


Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.


Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.


Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.


A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.


Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. 

 

Tantas coisas aprendi com vocês Homens…

 

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.


Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai o tem agarrado para sempre.


Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.


São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro desta mala, infelizmente estarei a morrer…”


09
Jul 12
jls, às 00:07link do post | comentar

Em “Era uma vez na Anatólia”, numa noite de tempestade e enquanto procuram um corpo, o promotor público conta ao médico que o acompanha a história de uma mulher, mulher de um amigo seu, que um dia disse que morreria numa data específica cinco meses depois. Como previsto, quando esse dia chegou, a mulher morreu.

 

Perante a curiosidade do médico, continuou.

 

Disse que teria o bebé e morreria. E uns dias depois do parto assim foi. Sem nenhuma razão. Era inteligente, educada, nem um pouco supersticiosa e acima de tudo… linda.

 

A história volta passado um pouco quando falam da beleza de outra mulher. A Filha de um chefe de aldeia que por viver num lugar inóspito teria o seu futuro comprometido. Um desperdício segundo o promotor que conclui; … é apanágio das belas terem má sorte.

 

O silêncio que se instala dá o mote ao diálogo seguinte quando o médico pergunta porque morreu a mulher.

 

Que mulher? – Devolve o promotor.

 

A mulher que você disse que era linda, a mulher do seu amigo. Qual foi a causa da morte? O que disseram os médicos?

 

Visivelmente transtornado o promotor continua com a história. Na verdade não houve uma causa. Foi uma morte estranha, e natural. Um dia, o meu amigo disse à mulher: "No outono vendemos o carro velho e compramos um novo." A mulher respondeu: "Faça o que quiser. Já aqui não estarei no outono. Estarei morta." O meu amigo não ligou por pensar que ela estava a brincar. "Não é brincadeira, estou a falar sério. Vou morrer depois de ter o bebé".

 

Claro que ele ficou irritado, mas não insistiu porque a mulher estava grávida. Sabe, as mulheres ficam sensíveis quando estão grávidas. Ficam deprimidas. Assim, não levou a sério as suas palavras. Nos dias seguintes as mesmas palavras. Até que chegou o dia do nascimento. Foi tudo normal e nasceu uma menina saudável. Pouco tempo depois, a mulher deitada na cama quis fazer um carinho ao bebé. Trouxeram o bebé e ela deu-lhe um beijo e um abraço. De seguida disse: "Agora posso morrer." E com efeito morreu. Em frente de todos.

 

E foi isso, doutor. São os factos. Morreu no instante em que disse que iria morrer. Que sentido pode haver nisto, doutor?

 

(silencio)

 

A autópsia teria esclarecido as causas da morte. O que disseram os médicos?

 

Não houve autópsia, não havia nada que investigar. Foi um ataque cardíaco. Se houvesse alguma coisa que investigar acha que eu não saberia? Sou promotor público.

 

Muito tempo depois volta a história…

 

Pergunta o médico: “Ainda sobre a mulher daquele amigo seu, estava tudo bem entre eles?”

 

Sim, claro. Bem você sabe... Em qualquer casal há sempre problemas, problemas menores claro. Segue-se um silêncio confrangedor, até o promotor continuar. Houve uma vez que ela o apanhou com outra. Mas perdoou-o imediatamente. Era sem dúvida uma mulher inteligente. Perdoou-o na mesma altura. Nunca mais falaram desse assunto.  

 

Sabe, caro promotor, esse é o tipo de coisas que uma mulher nunca perdoa e há medicamentos para o coração que tomados em dose excessiva podem provocar um ataque cardíaco. Tem a certeza que não havia medicamentos em casa?

 

Bem… o meu sogro tomava digoxin.

 

Assim cai a teoria de Nietzsche: “O castigo é feito para melhorar aquele que o aplica»; esta frase que representava o último recurso dos defensores do castigo só é valida perante a sintonia entre quem castiga e quem é castigado.

 

 

 


06
Jul 12
jls, às 19:14link do post | comentar

Das três partes da Divina Comédia de Dante; Inferno, Purgatório e Paraíso, há uma que se equipara à realidade em que vivemos. O Inferno, até porque a existência das outras duas ainda está por provar. Aí, no Vale dos Ventos, há um juiz que ouve as confissões dos mortos, os únicos que dizem sempre a verdade pois já não têm o dom da inteligência, e os condena.

 

Ao declarar a inconstitucionalidade do corte dos subsídios de férias e de Natal da Função Pública o Tribunal Constitucional (TC), ouvindo os supostos justos que consideram que não é por viver em austeridade que a Constituição amolece, não só condenou os que já estavam condenados como todos os outros que ainda tentavam a absolvição.

 

Custa perceber a alegria com que a notícia foi recebida à Esquerda do bom senso, até porque a noticia não é tão boa como aparenta pois não cria em si nenhuma solução mas apenas mais um problema. Que lógica tem que ao abrigo da Constituição se enfraqueça e condene à falência o Estado que a defende. É pena que as portas que esta gente tenta abrir nunca criam recursos para o Estado ser mais livre, antes pelo contrário só nos indicam o caminho mais rápido para o Inferno.


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